O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,55 % em abril, após alta de 0,47 % em março, informou IBGE.
Rio de Janeiro/São Paulo - A inflação ao consumidor brasileiro acelerou em abril e veio acima da expectativa do mercado, impulsionada pela alta dos preços de medicamentos e de alimentos, mas voltou a ficar ligeiramente abaixo do teto da meta do governo.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,55 % em abril, após alta de 0,47 % em março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Em 12 meses, o indicador ficou em 6,49 %, ante 6,59 % de março, abaixo do teto de meta de 6,5 %.
Analistas ouvidos pela Reuters esperavam alta mensal de 0,47 % em abril e de 6,41 % na comparação anual.
Segundo o IBGE, o principal responsável pelo resultado de abril foi o grupo Saúde e cuidados pessoais, que subiu 1,28 % em abril, depois de ter registrado alta de 0,32 % em março.
Sozinho, o grupo respondeu por 0,14 ponto percentual do IPCA todo do mês passado. Segundo o IBGE, isoladamente, os preços dos remédios registraram avanço mensal de 2,99 %, liderando a lista dos principais impactos no IPCA do mês, com 0,10 ponto percentual.
No início de abril, o governo autorizou aumento de até 6,31 % nos preços dos remédios comercializados no país.
O grupo Despesas pessoais também mostrou aceleração na comparação mensal, fechando abril com 0,61 %, ante 0,54 % em março, bem como o grupo Habitação, com alta de 0,62 % no mês passado, ante 0,51 %.
O grupo Alimentação e bebidas, por sua vez, mostrou desaceleração para alta de 0,96 % no mês passado, ante 1,14 % em março, mesmo com a desoneração do governo nos produtos da cesta básica.
"Mesmo desacelerando de um mês para o outro, os alimentos se mantiveram em nível bastante forte e foram responsáveis por quase a metade do índice da inflação do mês (0,24 ponto percentual)", disse a coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
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