Os corações cósmicos começaram a bater mais acelerados no último outono no Hemisfério Norte quando uma equipe de astrônomos europeus anunciou ter encontrado um planeta com massa comparável à da Terra orbitando ao redor da Alfa Centauro B, parte de uma estrela tripla que é a vizinha mais próxima do Sol, somente a 4,4 anos-luz daqui.
Como afirmou na época Geoffrey W. Marcy, astrônomo da Universidade da Califórnia, campus de Berkeley: "É tão perto que quase que dá para cuspir lá." Segundo astrônomos, perto o suficiente para enviar uma sonda científica que nela chegaria durante nossas vidas. O novo planeta, somente a seis milhões de quilômetros de sua estrela, seria infernalmente quente para ter vida, mas, ainda de acordo com astrônomos, onde existe um planeta, devem existir outros, numa localização mais confortável para a vida. Agora, no entanto, caiu uma ducha de água fria sobre o otimismo cosmológico, pois uma nova análise dos dados europeus levanta dúvida sobre a existência desse planeta em Alfa Centauro B.
Ao escrever para "The Astrophysical Journal" no mês passado, Artie P. Hatzes, diretor do Observatório do Estado da Turíngia, Alemanha, que não integrou a equipe da descoberta original, sustentou que não conseguiu confirmar o planeta quando o procurou sozinho nos dados europeus. "Às vezes, ele está lá, às vezes, não", dependendo do método empregado para reduzir o ruído estatístico, disse o astrônomo por e-mail.
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